Quantas
vezes durante uma aula entediante tudo o que você mais quis era estar na sua
cama dormindo? Talvez o problema estivesse na metodologia de ensino. Pelo menos
é o que defende um novo estudo de
pesquisadores norte-americanos.
A análise
revela que universitários submetidos a aulas tradicionais, em formato de
palestras, são mais propensos à reprovação do que alunos em contato com métodos
de aprendizado mais ativos e estimulantes. As aulas teóricas tradicionais têm taxas de falhas de graduação mais elevadas do que aquelas
que utilizam técnicas ativas de aprendizagem, uma nova pesquisa encontra.
"As
universidades foram fundadas na Europa Ocidental em 1050 e aulas tradicionais
tem sido a forma predominante de ensino desde então", diz o biólogo
Scott Freeman, da Universidade de Washington. Ele e um grupo de colegas
analisaram 225 estudos sobre métodos de ensino.
Os
resultados foram publicados em maio do ano passado, na Proceedings of the
National Academy of Sciences, e mostram que abordagens de ensino que
transformam os alunos em participantes ativos, em vez de apenas ouvintes,
reduzem taxas de reprovação e impulsionam notas em cerca de 6%. Abordagens
de ensino que transformam os alunos em participantes ativos reduzem taxas de
reprovação.
"A
mudança nas taxas de insucesso é enorme", diz Freeman. Para Eric Mazur,
físico da Universidade de Harvard, que fez campanha contra aulas tradicionais
por 27 anos, esse é "realmente um artigo importante". "A
impressão que tenho é que é quase antiético dar palestras, se você tem esses
dados", avalia.
Freeman
diz que ele começou a usar as novas técnicas, mesmo com turmas grandes. Segundo a
Science, embora ainda utilize slides do Power Point, apresenta
apenas perguntas e interage com os alunos, inclusive chamando de forma
aleatória. "Meu curso de biologia introdutório ganhou 700 alunos",
afirma.
FONTE: Revista Galileu
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